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Brasil: Lideres del MST reconocen que las bases se les estan escapando. Esperan que el gobierno diga algo para calmarlos.

22.05.03

Líderes prevêem mais ações se governo não agir rápido

Líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST) sustentam que os recentes confrontos protagonizados em três Estados por trabalhadores rurais ligados ao movimento não fazem parte de uma ação organizada nacionalmente. Eles dizem entender as razões da “demora” do governo em assentar as famílias acampadas pelo País, mas acreditam que ela está levando a base do MST a agir para conseguir sua terra. As ocupações, prevêem, devem se intensificar nos próximos meses caso não seja divulgado um plano de metas de assentamento que dê conta da demanda de acampados.

“Estamos preocupados com a demora do governo em mostrar seu plano de reforma agrária”, afirmou o coordenador nacional do MST João Paulo Rodrigues. “Na base, a tendência natural é de aumentar a pressão pela reforma”, completou.

Aumentar a pressão, ressaltou Rodrigues, significa aumentar o número de ocupações em todo o País. Ele nega que a trégua com o governo Luiz Inácio Lula da Silva tenha acabado porque “nunca houve trégua.”

Outro coordenador nacional do movimento, Gilmar Mauro culpa o “desconhecimento da máquina” por parte do governo pelo atraso no assentamentos das famílias acampadas, que, segundo o MST, chegam a 85 mil no Brasil. Ele, no entanto, acredita que os ânimos vão melhorar quando o Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgar seu plano de metas e o orçamento destinado às famílias assentadas.


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