Brasilia: Lula incorpora otro partido burgués a su gabinete

25.Dic.03    Análisis y Noticias

Para fugir de pressões dos partidos aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar as mudanças no Ministério até 15 de janeiro, antes da convocação extraordinária do Congresso. Segundo interlocutores políticos do governo, as mudanças no ministério servirão para acomodar o PMDB, que teve papel decisivo na aprovação das reformas, mas que continua sem participar da equipe ministerial. Apesar de já ter manifestado a intenção de contemplar o PMDB com as pastas das Cidades e das Comunicações, o presidente da República não pretende ampliar o espaço de outros partidos como PL e PTB, que aumentaram suas bancadas na Câmara.
Na avaliação dos aliados políticos do presidente Lula, esses dois partidos – com perfil de centro-direita – já estariam bem representados no governo, com os Ministérios dos Transportes e de Turismo. Não apenas no primeiro escalão, mas também em diretorias de estatais importantes. “O PTB, por exemplo, tem 15 diretores em empresas estatais”, disse um deputado governista.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), comentou que o líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE), só não será ministro se não quiser. O deputado, que já recebeu o apoio de 72 dos 78 deputados da bancada para ser reconduzido ao cargo de líder em 2004, é o nome forte para ocupar o Ministério das Comunicações, no lugar de Miro Teixeira, que ainda está no PDT, partido que formalmente faz parte da oposição.

A outra vaga do PMDB ficaria com um senador. Garibaldi Alves (RN) é o mais cotado, mas o presidente analisa também os nomes dos senadores Maguito Vilela (GO) e Sérgio Cabral (RJ). Garibaldi não teria resistência do líder do partido, senador Renan Calheiros (AL), enquanto a indicação de Maguito seria uma forma de prestigiar o PMDB goiano, que apoiou a eleição de Lula já no primeiro turno. Já a nomeação de Sérgio Cabral seria estrategicamente importante para neutralizar a força do secretário de segurança pública do RJ, Anthony Garotinho, que aderiu ao PMDB este ano.

A expectativa dos líderes governistas é de que o presidente Lula aproveite o momento para fazer outras substituições no Ministério, mas mantendo a cota partidária. O PL continuaria à frente dos Transportes mesmo com o afastamento de Anderson Adauto, como também o PSB na pasta de Ciência e Tecnologia. O líder do PSB, deputado Eduardo Campos (PE), está sendo cogitado para o cargo. O destino do líder do governo, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), também será definido pelo presidente na primeira quinzena de janeiro. Se não for reconduzido ao cargo ele será indicado para um Ministério. Nesse caso, Lula contemplaria no Executivo o trio de líderes que mostrou eficiência na Câmara ao longo