Brasil: Fuerte aumento del desempleo industrial

16.Jul.03    Análisis y Noticias

Emprego industrial tem o pior junho desde 95
Fiesp apura queda de 0,30% no mês, o que corresponde ao fechamento de 4.564 postos de trabalho
PAULA PULITI

A queda de 0,30% no nível de emprego na indústria paulista em junho, apurada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foi a pior taxa registrada para o mês desde junho de 1995, quando o recuo foi de 0,72%. No mês passado, foram fechados 4.564 postos de trabalho, na comparação com maio.

Os números de junho levaram o nível de emprego acumulado no ano em São Paulo a uma redução (-0,09%) pela primeira vez em 2003. O saldo foi de perda acumulada de 1.423 empregos no primeiro semestre. No acumulado de 12 meses, a queda foi de 3,45%, ante mesmo período de 2002, ou perda de 53.458 postos de trabalho.

Até junho, a indústria paulista tinha saldo positivo de empregos, puxado principalmente pelos números de março, quando foram criados 8.504 postos de trabalho. “Em junho, houve uma reversão total. Sentimos os reflexos mais fortes da queda no consumo, motivada pela renda empobrecida, dificuldade de crédito e juros altos”, disse Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.

Um dado que impressionou a entidade foi o expressivo aumento no número de sindicatos patronais que antes registravam contratações e, em junho, passaram a ter demissões. Das 47 entidades ouvidas, 26 demitiram, 14 contrataram e 7 não tiveram mudanças. Outro dado grave, disse Clarice, é que setores de peso na indústria de transformação saíram do nível positivo para o negativo, como o de autoveículos (-0,24%). No ano até maio, o número de vagas criadas superava o de demissões. Com a queda em junho, o saldo ficou negativo em 0,16% no 1.º semestre. Ocorreu o mesmo com estamparia de metais, ligada à indústria automobilística: o nível de emprego recuou 2,19%, e o semestre fechou negativo em 1,82%.

Na indústria de papel e celulose, houve queda de 0,77% no nível de emprego em junho, fechando o semestre negativo em 0,57%. No setor de material plástico, houve recuo de 1,07% em junho e saldo negativo no semestre de 0,68%.