Brasil: Interesantes innovaciones represivas. Policias aplastan estudiantes como baratas

22.Oct.03    Análisis y Noticias

RIO – Soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar entraram em confronto com estudantes secundaristas ontem à tarde, no centro do Rio. Os jovens protestavam contra a votação de uma lei na Assembléia Legislativa que regulamentava o uso de catracas eletrônicas nos ônibus e limitava o passe livre. À noite, o projeto foi aprovado com alterações.

Adolescentes que interditavam a Rua 1.º de Março, uma das mais movimentadas do centro, foram agredidos por PMs com chutes e golpes de cassetetes. Um policial perseguiu um estudante com um fuzil na direção dele.

Durante a confusão, o vidro de um ônibus foi quebrado, um oficial da PM deu um soco no rosto de um garoto e uma menina de 15 anos, que protestava deitada na pista, foi agredida na cabeça. Uma bomba de gás foi lançada contra os jovens.

O comandante do 13.º Batalhão da PM, Giovani Laropresi, afirmou que houve “apenas ação policial para desobstruir a via pública”. “A criançada partiu para cima dos policiais e, como não há liderança, fica difícil controlar. Fatos isolados não comprometem o trabalho”, disse. Ele afirmou que acionou os 30 policiais do Batalhão de Choque porque os 20 PMs do 13.º Batalhão eram “insuficientes”.

Havia 200 estudantes na manifestação. “Os policiais foram ignorantes, bateram nos jovens que protestavam pacificamente. Chegaram chutando e ameaçando. Apontaram armas de guerra contra estudantes”, disse Marcus Lannes Loureiro, de 19 anos, do Grêmio do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e do grupo estudantil Alternativa Socialista.

O projeto de lei limitava a 60 por mês o número de viagens gratuitas, mas isso foi mudado e elas serão ilimitadas. A Assembléia aprovou o substitutivo para o projeto. O novo sistema deve começar a vigorar até 360 dias após a sanção.

O projeto original transferia para a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Fetranspor) a responsabilidade sobre o cadastro para a distribuição dos cartões gratuitos que passarão a ser usados no transporte coletivo. Uma das emendas aprovadas, porém, mantém a atribuição para o governo estadual. Outra emenda suprimiu o artigo que autorizava as empresas de ônibus a operar vans e Kombis em viagens intermunicipais.