Florianópolis ingobernable. Desobediencia activa y creativa contra el alza del transporte

20.Jun.05    Análisis y Noticias

Querid@s tod@s,Desde uma demanda da editoria da Global Brasil,passamos a receber vários informes e materiais de esobre Floripa Insurgente. Ainda, recolhi mais algumacoisa no site do Centro de Mídia Independente
[http://www.midiaindependente.org/pt/red/]. Há nosendereços[
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/06/320254.shtml]e[http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/06/320329.shtml
]umbom registro em áudio dos enfrentamentos recentes,vale muito dar uma conferida. Abraços a tod@, comafeto e gana!leonardo* * *Para:
autoconvocad@yahoo.com.br, beppo@terra.com.br,Send an Instant Message
m_reboucas@yahoo.comDe: “juliano.gds” <
juliano.gds@ig.com.br> AdicionarendereçoAdicionar endereçoAssunto: LIVRE ASSOCIAÇÂO DOS USUÁRIOS REVOLTADOSCONTRA O PREÇO DO LATÃOData: Sun, 19 Jun 2005 09:23:54 -0300LIVRE ASSOCIAÇÂO DOS USUÁRIOS REVOLTADOS CONTRA O
PREÇO DO LATÃO Estamos em movimento! Não é de hoje e nem de ontem. Omovimento é contínuo e somos todos. Todos que livres, indo e vindo,demonstramos rebeldia, disposição em desobedecer e expressar desejos.
É pela tarifa? Também! Mas nossa liberdade se limitaa alguns centavos? Estamos em movimento! Quem lidera a rebeldia? Alguns,em comitês secretos, tomam café com o prefeito, fazem acordo com a polícia.
Vivem minutos de fama nos jornais da burguesia. Mas vejam só: certas “lideranças” declaram ter maismedo da galera do que da polícia! Porém… o que tanto temem?! Que a revolta não se limite às suas catracas? Que
tomemos ruas e praças? Acontece que, senhores, não cabemos todos nosgabinetes de autoridades! A nossa política é ao nível do chão. Aqui cabemos todos,aqui nossas assembléias podem decidir por nós.
Qualquer um é líder. Assim seremos iguais. Quem deveobediência é a polícia. E nós não somos policiais… Somos criativose podemos muito mais! Se até os juízes admitem uma tarifa no patamar que
conquistamos nas manifestações do ano passado, então isso é legal! Por que nos limitarmos a 8,8%, se podemos abaixar15,6%? Por que não formar um comitê autônomo de negociaçãoque realmente
represente o movimento? Pensando bem, por que o próprio Dário não vemparticipar das assembléias? Auto-gestão dos transporte coletivo já! Desobediência ativa e criativa! A cidade nos pertence!
LIVRE ASSOCIAÇÂO DOS USUÁRIOS REVOLTADOS CONTRA OPREÇO DO LATÃO * * *Para:
autoconvocad@yahoo.com.br, beppo@terra.com.brDe: “programadeindio” <
programadeindio@ig.com.br> Adicionar endereçoAdicionar endereço
Assunto: ENC: [Tróia] Prefeito de Florianópolis falaao Sarcástico:Data: Sun, 19 Jun 2005 09:11:28 -0300————————————————————De: =?ISO-8859-1?Q?Sk=E1rnio?=
Para:
casamacunaima@grupos.com.br,conversasculturais@yahoogrupos.com.br
,cdcsc@grupos.com.br,
contrabaixaria-sc@grupos.com.br,forumfloripa@yahoogrupos.com.br
,cinemacatarina@grupos.com.br,
sarcasticos@grupos.com.br,fatoeversao@yahoogrupos.com.br
,troia@lists.riseup.net,
miucha@grupos.com.brData: Sat, 18 Jun 2005 19:16:12 -0300 Assunto: ENC: [Tróia] Prefeito de Florianópolis falaao Sarcástico: “não dá para governar” Florianópolis*
As manifestações a contra o aumento das tarifas dosônibus da capital iniciaram no dia 30 de Maio de 2005. Desde então, osite SARCASTiCOcomBR (www.sarcastico.com.br
) realiza acobertura crítica dos acontecimentos que alteraram o cotidiano da Ilha deSanta Catarina até o culminante dia 18 de Junho, quando as ruas centrais dacidade serviram de local para diversos confrontos entre policiais e
manifestantes. Um dia depois, o prefeito Dário Berger falou comexclusividade ao SARCASTiCOcomBR e afirmou que “não dá para governar”com o rumo tomado pelos protestos. A Prefeitura Municipal de
Florianópolis sinaliza que voltará atrás quanto ao aumento das passagens,acossada pelas tensões geradas após várias lojas, órgãos públicos e orelhõesserem depredados na noite anterior. Os repórteres do site cobriram as manifestações in
loco, muitas vezes tendo que escapar das bombas de gás lacrimogêneolançada pela polícia nos manifestantes. O registro fotográfico foi feito emconjunto com a gravação de várias cenas que fazem parte do
documentário “Amanhã vai ser maior”, co-produzido com os jornalistas, FernandoEvangelista, Juliana Kroeger, Alex Antunes e Vinicius Moscão. A cobertura sarcástica destaca-se por ser crítica,
opinando com humor sem perder a seriedade dos fatos. Afinal, o queaconteceu em Florianópolis foi surreal e quando o realismo éfantástico, só sendo Sarcástico. ————————————————————
De: =?ISO-8859-1?Q?Sk=E1rnio?= > Para: casamacunaima@grupos.com.br,
conversasculturais@yahoogrupos.com.br,cdcsc@grupos.com.br,
contrabaixaria-sc@grupos.com.br,forumfloripa@yahoogrupos.com.br
,cinemacatarina@grupos.com.br,
sarcasticos@grupos.com.br,fatoeversao@yahoogrupos.com.br
,troia@lists.riseup.net,
miucha@grupos.com.brData: Sat, 18 Jun 2005 19:16:12 -0300 Assunto: ENC: [Tróia] Prefeito de Florianópolis falaao Sarcástico: “não dá para governar”
SARCASTiCOcomBR faz cobertura crítica sobre as manifestações deFlorianópolis As manifestações a contra o aumento das tarifas dosônibus da capital iniciaram no dia 30 de Maio de 2005. Desde então, o site
SARCASTiCOcomBR ( www.sarcastico.com.br ) realiza a cobertura crítica dos acontecimentos quealteraram o cotidiano da Ilha de Santa Catarina até o culminante dia 18 de
Junho, quando as ruas centrais da cidade serviram de local para diversos confrontosentre policiais e manifestantes. Um dia depois, o prefeito Dário Berger falou comexclusividade ao
SARCASTiCOcomBR e afirmou que “não dá para governar” com o rumo tomadopelos protestos. A Prefeitura Municipal de Florianópolis sinaliza quevoltará atrás quanto ao aumento das passagens, acossada pelas tensões geradas
após várias lojas, órgãos públicos e orelhões serem depredados na noiteanterior. Os repórteres do site cobriram as manifestações inloco, muitas vezes tendo que escapar das bombas de gás lacrimogêneo lançada
pela polícia nos manifestantes. O registro fotográfico foi feito em conjunto com agravação de várias cenas que fazem parte do documentário “Amanhã vai sermaior”, co-produzido com os jornalistas, Fernando Evangelista, Juliana Kroeger,
Alex Antunes e Vinicius Moscão. A cobertura sarcástica destaca-se por ser crítica,opinando com humor sem perder a seriedade dos fatos. Afinal, o que aconteceuem Florianópolis foi
surreal e quando o realismo é fantástico, só sendoSarcástico. * * *De: Send an Instant Message “Mateus de Quadros”<
mateusdequadros@yahoo.com.br> Ver detalhes docontato Ver detalhes do contatoPara: “Leonardo Palma” <
autoconvocad@yahoo.com.br>,”Giuseppe Cocco” >Cc: matheus@csmtelecom.com, “Matheus Felipe de Castro”

,
juliano.gds@ig.com.brAssunto: Movimento Passe Livre - Redução da TarifaData: Sat, 18 Jun 2005 14:50:56 -0300Querido Leonardo!!! Querido Giuseppe!!! QueridoMatheus!!! Querido Juliano!!! Queridos compas!!!
Por convicção e coerência com nossa práxis deconstrução do comum, penso que no momento hácompanheiros em melhores condições de falar sobre omovimento em Floripa… Não gostaria de assumir atarefa de falar sobre e nem teria a pretensão de falar
em nome do movimento… o movimento tem condições dese apresentar sem se fazer representar… Proponho entre os compas o nome de um querido evaloroso compa que tem estado bem no olho do olho dofuracão… do que já vem sendo chamado de “Revolta da
Catraca”… Trata-se do xará Matheus Felipe deCastro… Coloco vossos contatos em circulação para que façambom uso dessas conexões. De igual modo, fico à disposição para contatos comtod@s
. Um grande e fortíssimo abraço. Mateus de Quadros. Contatos com: Matheus Felipe de Castro<
matheusfelipecastro@ig.com.br>
matheus@csmtelecom.com
Querido Giuseppe,Aqui está o contato do Juliano [ juliano.gds@ig.com.br
], que foi do Avante Zapatistas, de São Paulo e queagora mora em Floripa, está no olho do furacão,efetivamente, é bem ativo em Floripa. Lá está também oMateus [Mateus de Quadros<
mateusdequadros@yahoo.com.br>], que vem acompanhandotudo muito de perto. São dois contatos que podemescrever algo, e pertinente. Já enviei uma mensagempara o Juliano solicitando algo, mas vale a pena que
tu faças um contato com ele tamém. Tenho comigo umartigo do Pablo Ortellado, sobre o início do movimentoem Floripa. Foi um artigo que enviei para o Rubén, daGlobal en español, está lá na página da revista,
traduzido…. caso interesse, posso enviar o textooriginal, em português.Tenho mantido um contato regular com o Valter, eleestá com ótimos grupos de discussão no orkut, tem umpessoasl muito bom que produz boas reflexões, algo
muito instigante.Estarei aguardando as revistas então, e as notíciassobre a página também,grande abraço!leonardo— Giuseppe Cocco <
beppo@terra.com.br> escreveu:> Ola leonardo>> voce nao tem ninguem que possa escrever sobre as> lutas dos estudantes de Florianopolis ?> Sobre a Chinaglia, vou averiguar: acho que nao
> consta porque atualmente nao tem nenhum numero em> distribuicao.> Infelizmente, nao temos periodicidade !> A revista nao deve chegar ate la porque a tiragem> so permite mandar algumas nas capitais !
> Vou te mandar as revistas eu mesmo pelo correio e> voces acertam depois.> Quanto a pagina, ate a semana que vem vamos enfim> lancar a pagina da Universidade Nomade, com a> Global e a Lugar Comum
>> grande abraco> Giuseppe>> PS; tutens noticias do Walter ? —– Original Message —–From: Matheus Felipe de CastroTo: Yuri Dutra ; Yuri ; Xisto Bueno ; Volnei PCdoB ;
Valter Casagrande ; Thiago Skárnio ; Terrie Groth ;Tereza Raccanello ; Teka ; Sueli Bissi ; Sonia Letícia; Simone ; Secretariado da JRI ; Samuel Martins Santos; Rosemari Martins ; Romualdo Jose Rodrigues ; Rogério
Tortola ; Ricardo Foucault ; Representação Discente ;Rampazzo ; Professora Vera Regina Pereira de Andrade ;Professora Thais Colaço ; Professor Ubaldo Balthazar ;Professor Rogério Portanova ; Professor Orides
Mezzaroba ; Professor Fernando Ponte de Souza ;Professor Fernando Noronha ; Professor Antônio CarlosWolkmer ; Pomar ; Paulo Veloso ; Paulo Ferraz ;Patrícia Hirano ; Patrícia Areas ; Passe Livre ;Ottaclio Eduardo Ferreira ; Observatório do Estado ;
Noroara ; Nilo Batista e Adv Associados ; Nildão PCdoB; Monica Sabóia ; Monica Garcia ; Monica ; MNDH-PR ;Michelli ; Michel Silva ; Mazé ; Matheus Felipe deCastro ; Mateus Hirano ; Mateus de Quadros ; Marina S.
Vital Borges ; Marília Montenegro ; Maria Lúcia ;Marcos Palmeira ; Marcos Fábio Sanches ; MarcosCamargo ; Marcelo Pomar JRI ; Manuella ; Luiz Altino ;Luciana PSTU ; LUANA ; Liz Cristina Busato ; Leonardo
; Leo Vinicius ; Lecir Scalassara ; Lázara Camila ;Larissa ; Kassiane ; Kalache ; Juliana Jambiski ;Juliana Coutinho ; JRI ; José Hermenegildo BaptistaRaccanello ; João Pedro Stédile MST ; João Jorge -Olodum ; Jaguarito (Manifestação Passe Livre dia
30/03) ; Ivelise ; Instituto Carioca de Criminologia ;Inkari ; Ieda Kataoka ; Humberto ; Hernandez VivanEichenberger ; Henrique Jambiski ; helena ; GustavoAdolfo Mello Neto - Uem ; Grupo Ius Commune ;Grazziela Borba ; Grazziela Borba ; gisele bergamasco
; Gilson Michels ; Gabriela Raccanello ; Fulvio LuizStadler Kaipers ; Flora Müller ; Flora Muller ; FlávioLima ; Flávio Augusto de Oliveira Santos ; EvaldoRodrigues ; Evaldo ; Erick Neves ; Eliziane ; Elias
Brandão ; Edson Pipoca ; Dj Athena ; Denis Pestana ;Daniela Lepinsk Romio ; daniel pereira de lacerda ;Dani Menengoti ; Cristina Foltin ; Crishna Andrade ;Centro de Apoio para questões da Terra Rural ;
cemarx@unicamp.br ;
celsom@matrix.com.br ; CelsoFrederico ; Cecilia Brandão ; Carlos Eduardo ; Carla ;Camarada d. ; Camarada d. ; Breezy Miyazato Vizeu ;Arno Dal Ri Júnior ; Armando Boito Jr. ; Antonio Ozaída Silva ; Angela Caniato ; Angela Albino ; André
Meireles ; André Filipe de Moura Ferro ; AndersonAlarcon ; Ana Claudia Piraja Bandeira ; AmilcarDouglas Packer ; Amalia Regina Donega ; Aline Laner ;Alexandre Ribas de Paulo ; Alex Marchi JRI ; Alberto
Abraão V da Rocha ; Adriana Rodrigues JRI ; AbelardoRochaSent: Friday, June 17, 2005 11:58 PMSubject: Redução da TarifaCompanheiros: Acaba de ser aprovado um projeto de lei na Câmara dosVereadores, em regime de urgência urgentíssima,
reduzindo as tarifas de ônibus da cidade deFlorianópolis aos patamares anteriores à majoraçãodeterminada pelo Prefeito Dário Elias Berger, no finaldo mês de maio passado. O Prefeito havia proposto um projeto de lei
subsidiando as tarifas superiores a R$2,00 mas oLegislativo entendeu por bem em apresentar umsubstitutivo global subsidiando todas as tarifas dacidade, até a implementação do novo sistema que estásendo projetado pelo escritório de arquitetura do
ex-governador do Paraná e assassino de sem-terrasJaime Lerner. O Movimento Passe Livre não é a favor da concessão desubsídios públicos a empresas privadas para salvá-lasde suas crises financeiras. Por outro lado, compreende
que este projeto foi um recuo da Prefeitura Municipaldiante da grandeza das manifestações populares que serealizaram nos últimos 15 dias e que colocaram emxeque a capacidade administrativa do Prefeito em
situação de crise generalizada. O Prefeito Berger se isolou politicamente, sendoduramente criticado inclusive por vereadores da basealiada, de seu próprio partido e do Chefe do Governona Câmara dos Vereadores, que não puderam esconder sua
indignação com a decisão tecnocrata de não baixar astarifas de ônibus, no momento oportuno, evitando umaonda de convulsão social. Preferiu instalar o caos nacidade, assumindo para si a responsabilidade pela
violência policial e a violação dos direitos humanosque se deram na Revolta da Catraca 2005. A cidade de Florianópolis ficou em estado deingovernabilidade nas últimas 3 semanas. Na verdade, apolícia militar governou a capital catarinense neste
período, demonstrando a fraqueza política de umPrefeito que desconhece a existência dos movimentossociais e que pensa poder administrar com mão deferro, descolado da vontade real da população. Por outro lado, a implementação do passe livre na
cidade (que já é lei municipal em vigor desde o anopassado, até agora não regulamentada sob aargumentação de que não haviam fundos para subsidiar asua efetivação), tornou-se um imperativo categórico. A
contradição na argumentação se instalou a partir domomento em que, agora, em regime de urgência e nacalada da noite de sexta-feira, se aprova uma leisubsidiando a redução das tarifas. O Movimento Passe Livre a tempos vem sustentando que a
implementação da gratuidade das tarifas de transporteestudantis teria o condão de não somente resolver oproblema objetivo dos estudantes, como também reduzirsignificativamente o valor das tarifas para a
população em geral, na medida que a percentagem de 50%(meio-passe), hoje repassada para os consumidoresfinais (usuários), seria absorvida pelo poder público.Os poderes públicos se fizeram silentes diante da
advertência e por isso assumiram o risco de produziros resultados que agora se observam na cidade:ingovernabilidade, violência policial e militarizaçãoda política. Entretanto, agora a redução é umarealidade que traz consigo a discussão real da
municipalização do sistema de transportes urbanos, daCOTISA e da imediata implementação efetiva do passelivre estudantil. VIVA A REBELDIA DA JUVENTUDE!PASSE LIVRE JÁ, BRASIL!* * *Data: Fri, 17 Jun 2005 21:51:13 -0300
Para: De: “Giuseppe Cocco” Ver
detalhes do contato Ver detalhes do contatoAssunto: Seminario: Guerra,Democracia>>>>>> Seminario da>>>>> Rede Universidade Nomade>>>>>
>>>GUERRA,ESTADO DEEXEÇÃO E DEMOCRACIAe A crise política atual>>> animador>>Giuseppe Cocco>>>>>>>>> segunda feira>>
>>> 20 de junho, 18:00>>>>>PUC-Rio, sala do Mestrado de Direito>>> 7 Andar>> * * * [Floripa] As prisões, ferimentos e desaparecimentosPor d. 17/06/2005 às 02:14
Oito prisões, dezenas de desaparecimentos e diversaspessoas feridas. Este foi o saldo da ação policialcontra o 18o dia de manifestações contra o aumento daspassagens de ônibus em Florianópolis.
No 18º dia de manifestações contra o reajuste de 8,8%das tarifas de ônibus em Florianópolis, a PolíciaMilitar, subordinada ao governador do Estado de SantaCatarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), voltou a
reprimir violentamente manifestantes e a população emgeral.Às 18h, cerca de 200 pessoas se concentravam em frenteao Terminal Integrado do Centro (Ticen). O climaestava realmente tranqüilo, pois logo cedo cerca de
500 pessoas, talvez mais, se manifestaram contra oSistema Integrado de Transportes, durante umaaudiência no auditório da reitoria da UFSC.Um grupo de 400 pessoas havia saído em marcha pelasprincipais ruas do centro, passando pela prefeitura.
Depois, fecharam a Avenida Gustavo Richard, em frenteao Centro Sul. Um pequeno grupo bloqueou também a ruaque liga o Terminal Cidade de Florianópolis àAssembléia Legislativa.As pontes pararam. Não sei se pelos bloqueios
estratégicos que fecharam o fluxo de carros, ou sepela própria polícia – há uma informação de que aprópria PM fechou o trânsito sobre as pontes que ligamilha e continente. O que importa é que por quase uma
hora, algumas centenas de manifestantes, de populares,de indignados e indignadas, ousaram chamar a atençãoda cidade mais uma vez. A décima oitava vez. A segundavez em dois anos. O problema do transporte coletivo
está colocado e ninguém mais o suporta.Ouvimos alguns tiros de bomba de gás. No outro lado doTicen, em frente à Rodoviária Rita Maria, 200manifestantes bloqueavam as vias que levavam à ponteColombo Salles. Pouco tempo depois um pelotão de 20
soldados, entre eles o Comando de Operações Especiais(COE), marchou, cantando a bela canção: “choque,choque, choque”. Nem pararam para pensar em algumatática. Bomba. Uma, duas, três, dez bombas. Balas de
borracha. A polícia dispersou o pessoal ao ponto devoltarem para o Ticen. Lá, formaram dois blocos, pelasduas vias da Paulo Fontes, além do grupo quecoordenava a ação, com armas apontadas para apopulação, no vão central.
Eram cinqüenta policiais, ou algo parecido. Chegaram ajogar bombas de gás dentro do Mercado Público. Muitasbombas e tiros de borracha. Parecia uma praça deguerra, porém só um lado estava armado. Nenhuma pedra
atirada machucaria tanto quanto a bola de borracha queatingiu de raspão o fotógrafo do CMI, Jorge.O gás parecia neblina. Centenas de pessoas, talvezmilhares, espalhadas, cuspiam e se ajoelhavam, coçando
os olhos que ardiam. Nem uma única pessoa defendia aação policial naquele momento, mesmo que nãoimaginassem que aquela tropa responde pelas ordens dogovernador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, junto
ao comando geral, representado por Bruno Knihs. Ambos,a pedido do prefeito municipal, Dário Berger (PSDB),tratam um movimento social e popular como fatocriminoso.Assim como na quinta-feira, dia 2 de junho, as cenas
de destruição de alvos específicos como bancos e oPró-Cidadão, voltaram a se repetir. Policiais Civisprendendo as pessoas na rua. O jovem Leonardo Possebonfoi detido por ter um lenço, uma forma de se “esconder
da polícia”, segundo interpretação da PM.Novas explosões foram ouvidas na Catedral, na HercílioLuz e em frente à Udesc. Cenas que a cidade jamais iráesquecer. A polícia conseguiu reavivar a revolta que,
aos poucos, cessava, cansava. Jamais, em qualquerperíodo, se constatou tamanha repressão. Nem nos anosde chumbo, nem na Novembrada, a população deFlorianópolis foi tão vigiada e perseguida. A políciae o governo do Estado estabeleceram um clima de
ditadura militar. A viúva da ditadura está encarnadano Poder Executivo catarinense, baseado na força desua junta militar.* Presos *Depois de bombas explodirem na direção de advogados,pais, mães e jornalistas que procuravam novas
informações na Central de Polícia, incluindo adetenção de uma mãe – que logo foi liberada -, foramcomprovadas oito prisões:Elias Silva Santos, Clovis Mariano da Costa, DouglasGean Erdmann, Olacir Barbosa da Silva e Matheus (não
conseguimos o sobrenome) passarão a noite napenitenciária. Bruno Nascimento foi liberado por sermenor de idade, Leonardo Possebon após pagar fiança deR$ 600,00 e Danilo Stank Ribeiro com fiança de R$1,200.
Além disso, há suspeitas de desaparecimento de cercade 30 pessoas que foram detidas, mas não se encontramem nenhuma delegacia. Não há confirmação sobre onúmero de feridos com balas de borracha e estilhaços
de bombas. Porém, quatro pessoas foram para o HospitalCelso Ramos atrás de atendimento. Duas delas comferimentos de balas de borracha, no rosto e naspernas. Outro rapaz foi atingido por estilhaços debombas de gás lacrimogêneo. Uma testemunha viu que
policiais militares foram ao Hospital checar se haviammanifestantes internados/as. http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/06/320269.shtml
* * * Cidade quer o fim da violênciaPor elaine tavares 17/06/2005 às 10:27Sobre o clima de violência em FlorianópolisA cidade quer o fim da violênciaPor elaine tavares - jornalista no OLA/UFSC
Todos os dias, nos bairros pobres da capital de SantaCatarina, Brasil, morre um garoto. As notas nosjornais já nem fazem estardalhaço. Passou a fazerparte do cotidiano da vida da cidade. São números e
iniciais registrados no IML. Vítimas do narcotráfico,esse câncer que engorda contas bancárias de figurões eprovoca morte e sofrimento para as famílias de baixarenda. Os meninos e meninas, sem futuro visível, sem
chance alguma de viver na dignidade, se perdem eacabam mortos.A ordem instituída diz que combate o crime, quedesbarata quadrilhas. Mas, ao que se pode notar, o quea ordem faz é sumir com a conseqüência (os pobres que
se fazem aviões ou traficantes de segunda mão). Ascausas permanecem. É o sistema do capital que mantém asua premissa: para que um viva, outro tem que morrer.Os grandes traficantes seguem tomando champanhe e
vivendo bem nas suas coberturas, enquanto nascomunidades empobrecidas os ditos “operários do crime”se matam entre si.Pois a ordem agora, em Florianópolis, numa guinada deinteresses, resolveu esquecer o mundo do narcotráfico,
do roubo, do assalto e montar barricada contraestudantes e populares que querem baixar o custo dapassagem do transporte coletivo. A polícia militarmontou barracas em frente a ponte, numa atitudepatética, numa quebra de braço sem sentido. Dinheiro
público sendo desviado para alojar e manter policiaismontando guarda num bloco de cimento. Talvez, muitomais dinheiro do que precisaria para municipalizar aCotisa.A ordem do poder tem seus mistérios (?). Chama de
baderneiro quem luta por direitos, pequenos direitos.Um simples ir e vir que serve muito mais paraalimentar a máquina do capital do que para afelicidade de cada um. O ir e vir que se reivindica éo de ir trabalhar e voltar para casa, quebrado de
tanto vender sua força de trabalho. Já os estudantesquerem ir para escola e vir para casa pensar formas demudar o mundo, ou não. E a polícia, orientada pelaordem do governo do Estado, insiste em manter o jogo
de guerra em que apenas uma parte tem exército armado.A guerra em Floripa é desigual. De um lado, garotos egarotas, secundaristas, universitários, sindicalistas,populares, tendo as mãos vazias, no gesto universal de
paz e amor. Do outro a polícia, com todo o arsenal,prendendo indiscriminadamente, usando a força douniforme. Reclamam do “vandalismo”. Mas “quá”. Quem évândalo? O que reage à violência?
A quinta-feira, dia 16, foi mais um dia no qual reinoua estupidez da violência. De um governo que se nega aouvir a voz pacífica das ruas. De uma burotecnocraciaque não pega ônibus para ir trabalhar. De uma
administração que parece não ter estatura paragovernar uma cidade, porque incapaz da grandeza dereconhecer que errou ao acatar tão prontamente umaindicação (injusta) da Justiça, num dia de domingo. Éhora de os secretários municipais chamarem o seu chefe
à ordem - já que isso lhes é tão caro. A polícia nasruas, batendo, prendendo, criminalizando um movimentopacífico e justo é gasolina no fogo. Daqui a poucoalguém morre, e aí? E como explicar à população que se
vê acuada por tropas de choque quando sai do seutrabalho, no final da tarde, que a polícia ali estápara manter o ônibus numa tarifa impagável?É hora de o prefeito mostrar que pode realmentegovernar a cidade. Que tire a polícia da rua, baixe a
passagem e peite os empresários do transporte pelo bemda população. Essa é a única atitude digna agora,depois de tantos erros. Sempre é possível reconhecerque errou e tomar o rumo certo. Por que não fazê-lo?
Chega a ser ridículo ver um homem público fazer quedade braços com estudantes. Já basta de violência. Oestrago é grande demais. Essa nódoa não tem como seapagar, mas ainda há tempo de mostrar que a cidade é
dirigida por alguém que tem capacidade de reconhecerque pode mudar o rumo, quando isso se faz necessário.Acesse: www.ola.cse.ufsc.br
http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/06/320282.shtml* * * [Floripa]Pensamentos Imperfeitos II (protestos erepressão)Por . 17/06/2005 às 04:36.Pensamentos Imperfetos! II
——————————————————————————–Data: 17/06/2005 Por Evandro DuarteOs tambores numa cadência ascendente. Tum, tum. Pausa.Tum, tum, tum… Gritos de guerra! Huh! Huh! Tensão
dos dois lados na iminência do confronto. Não, não setrata de tribos primitivas na luta pelo fogo na aurorada humanidade, mas sim dos eventos acontecidos no dia16 de Junho em Florianópolis. Os tambores dos
manifestantes, os gritos de guerra da tropa de choqueda PM.Eram passadas 19 horas de uma quinta-feira quente emmuitos sentidos. Caminhavam do TICEN (TerminalIntegrado do Centro) para o Rita Maria (terminal de
ônibus de viagens), tentando impedir o trânsito nadireção da Av. Beiramar Norte. Entretanto, aqueles unsque em princípio deveriam proteger a sociedade, vieramdecididos a por fim naquele ato. Os cassetetes batiam
ritmados nos escudos no que poderíamos chamar deinsinuações explícitas que a brincadeira ganharia aresmais graves.O clima abafado, peculiarmente abrasador, esquentoumesmo quando um policial passou a frente de seus
companheiros que carregavam escudos. Defronte aosestudantes, o tal fardado disparou spray de pimentasobre os agitadores. Daquele em momento em diante,começou um corra-povo-corra que atingiu seu ápicequando as balas de borracha e bombas foram disparadas
a esmo, atingindo pessoas que nem mesmo faziam partedos protestos.Aquele foi realmente o tiro de largada para a zona decombates que se transformariam as ruas centrais dacapital catarinense. A atitude policial tem sido no
mínimo curiosa desde que as manifestações iniciaram há18 dias. Como não o reajuste das tarifas ainda está emvigor – fato que gerou os protestos –, os policiaispermanecem diariamente dispostos a enfrentar e
dispersas os manifestantes custe o que custar. E,falando em custos, eles são muito maiores do que oscentavos acrescidos nas passagens.Diversos estabelecimentos das ruas FranciscoTolentino, Felipe Scmidt. Conselheiro Mafra, Tenente
Silveira e outras mais foram atingidos por pedras, bemcomo orelhões, latas de lixo e o que mais estivessepela frente. Lojas conhecidas e órgãos do daPrefeitura Municipal, como o Pró-cidadão, e do governo
estadual, como o Banco do Estado de Santa Catarina(BESC) e a Secretaria da Infraesturtura, tambémtiveram os vidros estilhaçados. Na Secretaria, uma dasportas vitrais foi abaixo por uma das latas de lixoarrancadas pelo caminho. Os cacos caindo produziam uma
sinfonia caótica, cuja música incidental vinha de umaigreja localizada bem em frente. Jesus estava ali,escrito em néon azulado. “Pai perdoai-vos, eles nãosabem o que fazem”, dizia na cruz, mas o povo não
conseguia compreender quem eram “eles” na sua últimafrase.Mais de 21 horas, corpos suados de fugir a cada bomba.Os tambores não param. Na Av. Felipe Schimdt, umguarda municipal afirma que entre 4 e 6 pessoas foram
presas. As informações que chegariam dos manifestantesaté o final da noite comentam sobre 30 desaparecidosque não foram parar em nenhuma delegacia. No regiãocentral da Ilha, não há local seguro. Muitos vão
assistir das janelas de seus apartamentos ostumultuados acontecimentos.Tantos fatos acontecendo, que muitos não reparam empequenos flagrantes daquela noite que pareceriam tãoestranhos noutro dia banal. Por alguns minutos, os
táxis tão freqüentes ao lado da Praça XV de Novembrodesaparecem, levando pessoas que possivelmentereceavam pegar ônibus num dia em que as passagensdestes geraram tantas desventuras. Os chamados ônibusexecutivos, cujo tamanho é reduzido, o conforto é
maior e a passagem é ainda mais cara, tornavam-seinsuficientes para tamanha solicitação no que pareciauma opção favorável a quem precisava sair do centro.No Mercado Público, localizado a poucos metros do
TICEN, muitos bebiam cerveja tranqüilamente até omomento em que as bombas estouravam praticamente inloco. Maldade atrapalhar de forma tão brusca a boemianum dos locais mais clássicos de Florianópolis.
Local: Largo da Catedral Metropolitana deFlorianópolis. Quando: Minutos passados doquebra-quebra na Secretaria de Infraestrutura. O queaconteceu: Camburão passa, policiais saem correndo nadireção de um jovem, pegam-no a força, o colocam no
veículo, mulher grita repudiando o ato, um policialbate palmas sabe-se lá para quem. Ave Maria, quase umlocal sagrado palco de incoerências. Segundo consta, ocidadão foi preso por comparar os soldados aos que
trabalhavam para a Ditadura em outros tempos que, pelaidade do rapaz, ele nem mesmo havia nascido.Descendo o Largo, outro cidadão passa detido com umaescolta de nada menos que 12 policiais. Façamos os
cálculos: 12 policiais para 1 homem. Se continuarnessa base e se a polícia atuar assim contra aviolência urbana como um todo, o crime será erradicadode vez em terras brasilis. A escolta caminhatranqüilamente com o detido passando em frente ao
Museu Cruz e Souza. Ah, poeta que dá nome ao museu,que pensarias tu, assinalado que eras, destesimpudicos dias da sua Desterro? Não fora ali mesmo,vis-à-vis deste local que acontecera a Novembrada, naqual o General Figueirado fora vaiado e sua família
ofendida? Como esquecer destes atribulados dias, meusaudoso poeta?Após a dispersão que espalhou manifestantes por váriasruas, deu-se nova aglomeração na Av. Paulo Fontes, quedá acesso ao TICEN. Ali mesmo, aparece um homem com o
braço atingido por uma bala de borracha. Ele pede paraser filmado e fotografado, enquanto explica queajudava duas senhoras a se protegerem dos disparosdados pela polícia.Há alguns metros dele, o terminal tem sua única
entrada semelhante a um corredor polonês. De um lado,os tiros de borracha da polícia e de outro, pedraslançadas pelos agora ‘inda mais indignadosmanifestantes.A noite transcorria tensa e as 21h40min o terminal
deixa de ser o foco da manifestação que caminha paraAv. Gama d’Eça, onde fica a Central de Polícia. Aquelaaltura dos fatos, não poderia haver local mais tensopara servir de palco para os protestos. Enquanto
caminham, entoam o grito “Amanhã vai ser maior”.Eis que ás 22h a turma chega próximo a Central. Nãoleva muito tempo e bombas são arremessadas contraeles. Corra-povo-pova outra vez. Dispersão e a
sensação de que os confrontos não terão fim naquelanoite.Na frente da Central de Polícia, então nos primeirosminutos do dia 17, algumas poucas pessoas reunidaspara conseguir informações sobre os sete presos que
ali se encontram – um menor que fora inadvertidamentealgemado já havia sido liberado. Ao sair do local, aprofessora que tem seu filho preso afirma que tem depagar R$ 1.500,00 para soltar seu filho, mas que não
possui a quantia.Noite adentro e a certeza de que tudo, como sempre,envolve dinheiro.

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