Manifesto Estudantil em Vitória/ES
Por Patrícia Simões Sandoval 19/07/2005 às 20:32
De Indymedia Brasil
Manifesto Estudantil em Vitória/ES
Não sou estudante de jornalismo nem tenho tais pretensões. Sou apenas uma estudante pré-universitária indignada pelos atos ocorridos. Acabo de chegar de um manifesto pacífico, por parte dos estudantes, ocorrido em frente à UFES ( Universidade Federal do Espírito Santo). O manifesto é contra mais um aumento abusivo da passagem de ônibus. Considerando que em janeiro de 2005 já ocorreu um, o segundo aumento das passagens é indevido, já que, é proibido por lei estadual mais de um aumento por ano das tarifas.
Começamos a nos reunir por volta das 16 horas, e fechamos uma das principais avenidas da capital, a Fernando Ferrari, no horário de pico. Depois de um tempo a polícia militar chegou, é com a polícia militar a sua tropa de choque, que deveria ser utilizada somente em casos extremos. A tropa de choque, tentando nos tirar da avenida, jogou bombas de efeito moral e tiros de borracha que feriram vários estudantes.
Nós fomos impedidos, literalmente, de manifestar nossa indignação, tendo que correr para dentro da Universidade (já que lá a Polícia Militar não pode entrar por ser território federal) o que não impediu dos policias jogarem bombas e tiros dentro da universidade. Senti como se estivesse na Ditadura Militar. Estou tentando divulgar para o maior número de pessoas possível porque o noticiado pela imprensa local foi que os estudantes que começaram com a violência, que não é verdade. Isso mostra o quanto a sociedade é subjugada, não podendo demonstrar insatisfação perante o abuso desses empresários e do Governo.
Email:: patricia.sandoval@uol.com.br
>>Adicione um comentário
Comentários
Solidariedade
Ellen Nunes 19/07/2005 21:04
resistencia64@terra.com.br
Patrícia, é assim na Palestina também, no Iraque, na Chechênia, e etc. Acontece uma coisa, na mídia você vê outra…
Parabéns aos estudantes pela coragem. PM é fogo… literalmente, com raríssimas exceções, que não me recordo de ter tido a oportunidade de conhecer ainda.
Divulgue mesmo!
Estarei torcendo para dar tudo no certo no final.
A Ditadura continua viva, e bem.
toda força!
**** 19/07/2005 21:10
Muito bom patrícia! é isso aí. todo apoio à resistência contra aumento de tarifas em todo o brasil! que o transporte público seje um fator de necessidade básica, de graça e não uma mercadoria!
tente continuar publicando mais relatos e fotos!
toda sorte pra vocês aí.
…
Fernando Emanuel 19/07/2005 21:34
absurdo o que ocorreu! diviamos ter direito de pelo menos nos expressarmos…. além de tudo nós que levamos a culpa pelos ewrros deles! acho que é por isso que eles desarmão a população, para que naum tenhamos com o que nos defender… espero que nosso movimento dê resultado, já foi anunciado em rede nacional (jornal da band), espero que vá mais longe!
“Estudante não é otario, contra o aumento arbitrario”
Apoio!
Lorena Rossoni 19/07/2005 21:54
lorenarossoni@hotmail.com
As passagens aumentam, mas o serviço continua com péssima qualidade , existem linhas q nem rodam nos finais de semana, isso é absurdo!
Estamos pagando por um serviço caro, que não está equilibrado com a renda de muitas famílias, e que o dinheiro cada vez mais investido, pago por nós, não está voltando a nosso favor!
E a cena q vimos hoje é lamentável, é mais um caso de abuso de poder e opressão a nossa liberdade de expressão.
Estou junta nesse manifesto, espero que não seja mais um grito da juventude em vão!
Parabéns Patrícia pela atitude!
Então
JP 19/07/2005 23:39
Então companheir@s:
Da assembléia realizada após o ato, e após a truculência da polícia, surgiram várias comissões.
Todas essas comissões estarão se reunindo amanhã, às oito horas da manhã, no DCE da UFES.
Para as três horas, está marcada uma reunião, creio que com várias entidades estudantis, sindicatos, etc…, e ás cinco, uma assembléia, para decidir qual será o próximo passo.
Amanhã de manhã eu e outros companheiros da comissão de mobilização devemos estar indo ao CEFET-ES, pra discutir as condições de mobilização com o grêmio e os estudantes de lá.
No mais é isso aí.
Não começou em Salvador, não parou em Floripa.
Agora é a nossa vez.
—-
ORGANIZE UM ESPAÇQ DE LUTA E SEMEIE A RESISTÊNCIA!
Por MC Valente 19/07/2005 às 19:08
Monte um espaço de luta e derrube o sistema ,veja como é fácil:
I – O QUE É UM ESPAÇO DE LUTA
O espaço de luta tem a sua área abrangente ( exemplo: Coletivo Militante)organizados por militantes, em todo o território nacional.
Neste sistema, qualquer militantes de qualquer movimento/organização que tenha noticias constantes do mundo, esteja engajada na luta social , em qualquer lugar do país, PODE E DEVE tomar a iniciativa de organizar um espaço de luta na sua área de atuação, organizando o povo oprimido, desde que estejam dispostos e tiverem disponibilidade de fazerem alguma coisa dentro da guarnição, e não somente participar das reuniões.
Ele tem a função de animar, colocar em prática e organizar a luta popular e a solidariedade entre os oprimidos, para que juntos a gente possa construir um poder próprio do povo, um poder popular.
O espaço de luta pretende ser uma ferramenta que colabore para a auto organização das comunidades tratando de animar a participação do povo em diferentes tarefas para benefício coletivo e desenvolver sua independência para decidir e administrar os assuntos que fazem parte do seu cotidiano.
Entre as suas atividades estão a mobilização permanente da comunidade por necessidades urgentes e concretas, a valorização das diversas expressões de cultura popular, o apoio às alternativas econômicas por autogestão (cooperativas e associações) e a união das lutas dos espaços de luta com as demais organizações dos trabalhadores e do movimento popular.
Nas comunidades onde são construídos, os espaços de luta buscam organizar a comunidade de acordo com sua realidade local, unindo e aumentando as experiências de luta e organização popular afim de desenvolver o poder local. Assim, sua função não é substituir as atividades das organizações sociais já existentes (por exemplo: associações de moradores, clubes de mães, cooperativas, etc), mas sim, fazer com que elas não fiquem isoladas umas das outras, mas ajam integradas para formar um forte movimento de resistência.
Os espaços de luta são também um canal para o povo fazer política ao defender o conjunto dos interesses e reclamações das classes oprimidas contra o capitalismo .
Mas essa política feita pelo povo é voltada para o nosso dia a dia de luta contra nossos opressores, é uma política que produz a solidariedade entre as pessoas do povo e faz com que a comunidade aprenda a tomar decisões em coletivo e tomar as tarefas da luta em suas mãos na caminhada até a conquista da liberdade, da justiça e da igualdade.
Para a formação dos espaços de luta, só são exigidos um telefone para contato, e uma pessoa responsável .
II – PESSOAL
Para a formação de um espaço de luta local, é necessário no mínimo 3 (três) pessoas, sem limite máximo.
III – AONDE PODEM SER FORMADOS OS ESPAÇOS DE LUTA
- No bairro ou vila de nossa cidade
- Numa empresa, fábrica, comércio, etc
- Na Igreja católica, evangélica, num terreiro, etc
- No sindicato, pelos associados ou pelos funcionários
- Numa ONG
- Nos colégios de segundo grau
- Nas Faculdades/ Universidades
- Nos quartéis
- Nos assentamentos
- Nas associações de moradores
- Num povoado, agrovila ou distrito do interior
- Numa cooperativa
VI – COMO FORMAR UM ESPAÇO DE LUTA
Organize uma reunião com todos as pessoas interessadas, para discutir a formação do espaço de luta, seus objetivos, os passos a serem seguidos.
Para isso, se a área de atuação for grande, recomenda-se que seja criado durante a reunião, uma comissão pró-guarnição na região, em reunião com os interessados, para divulgar as idéias discutidas na reunião, além de ser marcada uma Assembléia de fundação do espaço de luta.
A associação ao espaço de luta é voluntária.
Se o espaço de luta for de porte pequeno pode ser feita apenas uma reunião de fundação, com as pessoas interessadas.
Deve ser acertado na Assembléia:
É considera Fundadora, toda a pessoa que comparecer à Assembléia, ou reunião de fundação.
Na Assembléia, eleja uma mesa para dirigir os trabalhos. A pauta é única: Fundação do Espaço de Luta .
O espaço de luta funciona também através de: Assembléias Populares, uma Coordenação Local e Comissões de Trabalho.
a) As Assembléias Populares são as reuniões em que deve participar toda comunidade associada ao espaço de luta para tomar as decisões máximas que vão valer como acordo e/ou orientação para todos. Ela tem o direito de eleger e mudar quando achar justo os companheiros/as que formam a Coordenação Local, bem como fazer avaliações coletivas. A Assembléia Popular é convocada sempre quando necessário.
As Comissões de Trabalho são as equipes que tomam as tarefas de agitação, propaganda, cultura e todo tipo de atividade social.
A Coordenação Local é o grupo responsável pelas fichas das famílias e/ou indivíduos associadas,
por executar as decisões tomadas em assembléias, e é eleita anualmente. Ela convoca as Assembléias Populares e anima e garante de forma permanente as atividades das Comissões de Trabalho.
É formada por:
Seu Comandante-de-base, e o Suplente do Comandante-de-base (cargos obrigatórios); e ser acertado se adotará outros cargos, secretarias, e/ou coletivos.
Seu coordenador de Organização e Formação Política, que terá as funções de
entrar em contato com as coordenadorias locais das demais guarnições quando necessário, convocar as reuniões da guarnição local e explicar a luta para os novos companheiros/as.
Seu coordenador de Finanças e Questões Econômicas
Seu coordenador de Comunicação Social
Seu coordenador de Cultura Popular
Seu Secretário Geral
Seu Tesoureiro
(não obrigatórios)
Após a criação, não esquecer de fazer uma bela festa de posse, ser redigida uma ata da Assembléia ou da reunião, cuja qual deve constar o nome de seu comandante-de-base e seu suplente.
Seu domicílio;
Sua área de atuação
Seus contatos : (telefone, domicílio, endereço eletrônico e etc…)
Sua disposição geral:
Adotará secretarias e/ou coletivos;
quais são;
quais cargos adotará à mais e etc.
A pauta original deve contar as assinaturas do comandante-de-base; do suplente; e da pessoa escolhida para presidir a mesa da reunião, ou assembléia.
Fiel a proposta da auto organização, o espaço de luta é administrado diretamente pela base popular organizada na comunidade.
Todas suas atividades respeitam o princípio da democracia de base, que afirma que uma comunidade com independência é uma comunidade que tem capacidade de decisão sobre os seus próprios assuntos. O método para as decisões, nos casos em que não há consenso de propostas, é a voto da maioria realizado sempre após de ampla liberdade de opinião.
VII – AS REUNIÕES
O espaço de luta deve realizar reuniões periodicamente, ou quando se achar necessário.
Recomenda-se que uma pessoa secretarie anotando num caderno as decisões tomadas.
E a cada nova reunião, deve-se começar pela leitura das deliberações da reunião anterior e conferir se cada um conseguiu atingir a meta estabelecida, se reunindo através de assembléias, onde todos os companheiros/as tem direito a colocar sua opinião. Nos casos em que não há consenso de propostas, é a voto da maioria realizado sempre após de ampla liberdade de opinião.
Os companheiros/as devem estar atentos para criar um clima de companheirismo e de solidariedade na espaço de luta, sempre dividindo as tarefas e não acumulando funções.
Evitando-se disputas e procurando que as reuniões sejam as mais animadas possíveis.
Assim também o local da reunião deve ser adornado com a bandeira do Brasil, com as bandeiras de outros movimentos populares, cartazes, e outros materiais disponíveis.
Pode-se também realizar animação das reuniões, sempre cantando alguma música popular, combativa, que todos saibam. Ler alguma poesia, algum texto, algum pensamento. E assim vamos animando e motivando para a campanha.
VIII - ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO ESPAÇO DE LUTA:
O espaço de luta precisa aproveitar as reuniões que realiza, e em cada reunião, fazer a leitura de materiais revolucionários.
Assim, pode-se planejar para no inicio de cada reunião, a primeira meia hora, ser dedicada a leitura, de uma cartilha, um capítulo de um livro, ou mesmo algum relato com informações da conjuntura sobre a situação do país, e do mundo.
É importante que em cada reunião, se façam comentários, debates sobre o que as pessoas ouviram ou leram na grande imprensa e troquem idéias, pois essas mesmas informações a população em geral estará recebendo.
Propaganda e difusão
3.2. A propaganda é uma atividade permanente dos espaços de luta e acompanha toda ação popular com os objetivos de informar e conquistar mais simpatizantes a sua causa. Por isso, o espaço de luta deve:
Confeccionar camisas, bonés, panfletos, cartazes, pôsteres, e etc. para além de estar gerando uma renda para a sobrevivência do movimento, obter maior divulgação
Fazer uma maior divulgação do movimento, e manter uma fonte de renda alternativa a partir de adesivos, camisas, cordões, pulseiras.
Ter materiais próprios de formação política , deixando os mesmos a disposição, para quem quiser distribuir ou estudar
Colagem de cartazes em locais públicos
Organizar programas de rádio/ montar rádios livres ou comunitárias
Ter revistas e jornais para ficar por dentro dos acontecimentos
Organizar a confecção e distribuição de panfletos/um jornal próprio
Ter um local certo para reunião
Colagem de cartazes em locais públicos
Tentar montar uma infra estrutura básica
Realizar pichações
Utilizar serviço de alto-falantes para percorrer a comunidade
Ter uma caixinha do espaço de luta para as suas despesas, feitas por contribuições
Manter uma pequena biblioteca, veja como fazer isso :
1. Local adequado (como deve ser a sala)
a- A sala não pode ser úmida;
b- A iluminação deve ser farta;
c- Sala bem ventilada;
d- Recomenda-se que a sala tenha mesas e cadeiras, para que os militantes, e a comunidade em geral possam estudar e ler, sozinhos ou em grupo.
2. Funcionamento da biblioteca/sala
Para que a biblioteca/sala tenha um bom funcionamento no que se refere a organização dos livros , faz-se necessário:
a- Registrá-los
Os livros devem ficar à disposição dos militantes, do espaço de luta e da comunidade em geral, mas sempre retornar à biblioteca. Sendo assim, é preciso que a pessoa responsável pela biblioteca/sala saiba que livros fazem parte do acervo. Para ter este controle a primeira medida é fazer o registro de todos os livros que existem na biblioteca e de todos que vierem a fazer parte do acervo.
A princípio, pode-se utilizar um caderno especialmente preparado para esse fim ou um fichário; o mesmo deve conter colunas onde são anotados os dados mais importantes, como por exemplo nome do autor e obra. Ressalta-se que um registro no mínimo deve conter um número de entrada para cada livro chamado “número de tombo”, seguido do nome do livro e do autor e data de entrada.
b- Classificá-los
A classificação é utilizada para reunir os livros na estante. Uma das formas mais simples é classificar os livros em grupos e em cores. Em grupos de acordo com seu gênero: clássicos , atualidades, formação política, conjuntura, cursos, textos teóricos …
Cada livro também deve ter uma etiqueta de identificação contendo o nome do grupo ao qual faz parte, o nome do autor e também deve ter cor, para que a mesma indique o grupo ao qual pertence o livro, isto facilitará a localização do livro na estante.
3. Regras para empréstimo do acervo
Para que o livro possa ser emprestado, a biblioteca precisa ter um mínimo de controle. A princípio o livro precisa ser preparado para empréstimo. Recomenda-se que se elabore um cartão de empréstimo. Este cartão deve ter a identificação do livro (título, autor e número de classificação). Sugere-se que deixe espaço para anotações básicas de controle de empréstimo, exemplo: nome da pessoa que retirou o livro e datas de retirada e devolução. Na última folha do livro, cole um cartão para anotar a data em que o livro deve ser devolvido e guarde o cartão de empréstimo em um fichário ou caixa de empréstimo.
Caso o número de pessoas que retiram os livros seja grande, é bom que se faça a inscrição dos usuários.
4. Cuidados que se deve ter com o acervo
a- Vire a página dos livros pelo meio (nunca molhe os dedos para virar as páginas, pois pode manchar o papel);
b- Não risque, escreva ou faça qualquer tipo de marca nos livros;
c- Não dobre as folhas nem use clipes para marcar as páginas;
d- Não arranque as folhas do livro;
e- Limpe, periodicamente, os livros com um pano seco tirando toda a poeira;
f- Não manuseie os livros com as mãos sujas;
g- Somente utilize cola para conserto dos livros.
5. Soluções para alguns problemas (adaptações que podem ser realizadas)
Se sua guarnição não possui as condições ideais para instalação do espaço/biblioteca, recomenda-se alguma adaptação:
Problema: Não existe espaço exclusivo para instalação da biblioteca
Solução: Coloque uma estante em uma sala do espaço de luta, o importante é que os militantes e a comunidade em geral tenham acesso aos livros.
Problema: Não existem estantes para colocar o acervo.
Solução 1:Monte uma estante utilizando tábuas e tijolos. Na falta dos tijolos, utilize cordas e tábuas de madeira. Perfure cada tábua em suas extremidades, para passar as cordas.
Solução 2: Também podem ser utilizados caixotes para colocar os livros, os mesmos devem ser empilhados uns sobre os outros.
Problema: Não existe luz elétrica no espaço reservado para colocar o acervo.
Solução: Coloque as mesas e cadeiras o mais próximo das janelas.
6. Estratégias de motivação para leitura
Sugere-se que se mobilize os militantes para que estes desenvolvam as estratégias abaixo com o povo oprimido.
Oficina de Leitura
A oficina tem por objetivo a reunião de militantes que passam um determinado período lendo livros, revistas, jornais e depois desenvolvem textos, trabalhos baseados na leitura que foi feita.
Varal de poesias
Configura-se em um varal mesmo, são colocados um ou mais cordões esticados e com auxílio de pregadores de roupas são fixados poemas, poesias, textos produzidos pelos militantes/povo. O varal chama mais atenção que o mural.
Debates
As notícias e os temas atuais podem ser debatidos no espaço de luta .
O debate pode ativar o interesse pela leitura de um bom livro.
OBSERVAÇÃO:
Lembre-se: “lugar de livro é na mão de militante/leitor e não na estante,pois quem estuda mais, luta melhor”.
Uma rede de apoio: procurar montar um grupo de apoio para ajudar na luta e nos trabalhos, como advogados, médicos, marceneiros, pedreiros, professores, etc.
Discutir formas de arrecadação de recursos financeiros em nível local, para conseguir imprimir material, compra de materiais para propaganda e etc., tudo isso sob a responsabilidade do tesoureiro.
As atividades culturais são uma importante forma de esclarecer o povo.
Por isso, recomenda-se que em cada área de atuação, o espaço de luta pode organizar noites culturais, promovendo shows musicais, peças de teatro, poesias, etc que ajudem a conscientizar o povo.
O espaço de luta deve ficar alerta sobre as mobilizações populares, massivas que acontecem na sua área de atuação, como passeatas, greves, protestos, etc, devendo participar ativamente de todas as mobilizações populares que acontecerem em sua região ou área(chamadas de luta).
Manter relações com outros espaços de luta / entidades com a intenção de aumentar nosso campo de ação.
As chamadas de luta identificam os interesses e as reclamações da comunidade para avançar a luta com apoio de campanhas públicas por reivindicações e conquistas sociais.
O princípio dos espaços de luta é dirigido para a defesa e o fortalecimento popular ,estando de acordo com todos aqueles métodos que afirmem a sua independência na luta contra a dominação e a exploração, inclusive cobrando de políticos.
O espaço de luta terá um nome de sua escolha, com bandeira, símbolo e lemas que os identifiquem como uma corrente de atuação político-social.
Cada espaço de luta tem liberdade de opinião para criar seus próprios símbolos locais.
IX - ARTICULAÇÃO ENTRE OS ESPAÇOS DE LUTA E A INSTÂNCIA.
Se num município e ou cidade tivermos a implantação de diversos espaços de luta em diferentes bairros ou categorias, pode-se como passo seguinte, articular uma comissão que reúna os coordenadores de cada local, que será denominada Instância .
Para se planejar atividades comuns, confecção de materiais comuns, na mesma cidade e estado, entre todos os espaços de luta.
E aí ter um local de referencia aonde se encontram regularmente.
Os companheiros/as têm que estar atentos a outros espaços de luta que apareçam em sua área.
X – AS OBRIGAÇÕES DOS ESPAÇOS DE LUTA
Os espaços de luta, devem realizar o cadastro das pessoas que se interessarem se filiar, disponibilizando à população o formulário de filiação .
Se alguém se filiar no espaço de luta, este deve-lhe explicar os propósitos da luta social e providenciar uma ficha de filiação , onde devem constar os dados do cadastrado.
Cabe ao Comandante-de-Base receber o cadastro, retornar aos companheiros dizendo-lhes sobre o novo filiado, e se este ser um líder de reconhecida expressão, confirmar sua filiação.
Todo espaço de luta ,se possível, deve enviar delegados para Congressos, Fóruns, Encontros, etc .
Deve-se enviar um delegado para cada 30 filiados à guarnição, dois para cada 60, três para cada 90, etc.
Espaços de luta com menos de 30 filiados devem enviar apenas 1 (um) delegado.
Sabemos que não é do dia para a noite que as vitórias virão, mas só o nosso trabalho cotidiano, com compromisso, é que poderemos retomar os destinos de nossas próprias vidas. A tarefa é árdua, o caminho é difícil, mas é o único sincero e coerente, e é a caminhada de nossa libertação.
Quanto mais espaços de luta surgirem, melhor. Quanto mais pessoas tomarem a iniciativa de organizar espaços de luta ,melhor.
(Essas notas são apenas sugestões/orientações, devemos ser criativos e utilizar de todas as formas possíveis, para formar o maior número possível de espaços de luta , que reúnam o maior numero de pessoas, e que as reuniões sejam dinâmicas e ativas)
Email:: valentehiphop@hotmail.com
URL:: http://blogdovalente.blogse.com.br
>>Adicione um comentário
Comentários
Excelente tópico
Ellen Nunes 19/07/2005 19:52
resistencia64@terra.com.br
Muito bem elaborado. Vou divulgar, e guardar para mim mesma.