Brasil: Miles en las calles contra plan Lula: ‘Yo soy de lucha, soy radical, esa reforma, es del Banco Mundial’ (Portugues y castellano)

12.Jun.03    Análisis y Noticias

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Servidores fazem grande marcha contra Reforma da Previdência
Por Leonor Costa-Imprensa Fenajufe. 11/06/2003 às 22:38

Mais de 20 mil servidores públicos tomaram ontem, dia 11, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra a proposta de reforma da Previdência, em tramitação na Câmara dos Deputados.

A Marcha Nacional, organizada pela CNTE, Cnesf e CUT, reuniu categorias do serviço público de todo o país, que exigiram do governo o arquivamento da PEC 40 e uma proposta de reforma que não retire os direitos dos servidores e nem privatize a Previdência Pública.

A Fenajufe participou da Marcha, junto com as delegações e caravanas de vários estados do país. Cerca de 300 trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU marcaram presença na manifestação na Esplanada dos Ministérios. Vieram representantes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Distrito Federal.

Além da Fenajufe, também marcaram presença as demais entidades nacionais que compõem a Cnesf. Trabalhadores da Educação, da base da CNTE, estavam representados em grande número.

Criatividade marca o protesto

O protesto contra a reforma foi bastante criativo. Palavras de ordem deram o tom das críticas dos servidores à política econômica adotada pelo governo Lula. Dentre as frases ditas, as que mais marcaram foram: “eu sou de luta, sou radical, essa reforma é do Banco Mundial”, “1,2,3,4,5 mil, ou para essa reforma, ou paramos o Brasil, e “o Berzoini, preste atenção, essa reforma é privatização”.

Um servidor técnico-dministrativo da Universidade Federal do Espírito Santo foi ainda mais ousado. Welington Pereira se vestiu de “Tio Sam” e colocou em uma maleta todos os males que agradam ao FMI e que vão piorar ainda mais a realidade dos trabalhadores, caso a proposta do governo seja aprovada. “Para, nós, do FMI é muito interessante a reforma da Previdência, porque nós vamos ter os fundos de pensão, a previdência complementar, um governo que está parecendo um tucano e que vai nos dar muitos e muito frutos financeiros”, disse o suposto Tio Sam.

Para Welington, que é da base da Fasubra, enquanto o FMI pressiona o governo para manter e aprofundar as políticas neoliberais, os servidores fazem o contraponto do outro lado para terem seus direitos garantidos. “A greve é um dos caminhos que a gente tem. No Espírito Santo, os trabalhadores de várias categorias já estão mobilizados para entrar em greve a partir da segunda quinzena de junho. Acho que a greve é que vai mudar a direção dessa política”, afirmou.

Insatisfação

Insatisfeitos após uma reunião com o governo na tarde de hoje, os servidores públicos federais ameaçaram entrar em greve se o governo não abrir negociação sobre a Reforma da Previdência.
Os representantes de CUT, CNTE e Cnesf foram recebidos pelos ministros Ricardo Berzoini (Previdência) e José Dirceu (Casa Civil) e deixaram o Planalto descontentes.

O governo alegou que a Reforma da Previdência resolveria a situação econômica do Brasil e que aceita negociar apenas a regra de transição dos servidores. E pior, está usando como argumento para a reforma o compromisso que o “país” teria assumido no governo anterior com “organismos internacionais”. O que adiantou, então, eleger Lula, que se dizia comprometido com mudanças se ele tem que respeitar, segundo as palavras de seus ministros, os “compromissos” assumidos por FHC?

Da reunião ficou claro que o governo está querendo fugir da discussão direta e empurrando a decisão para o Congresso Nacional. A Fenajufe disse que vai aumentar a pressão junto aos parlamentares. A CUT criticou a forma como o governo enviou a PEC e apresentou a resolução do Concut (que pode ser lida na página do sindicato). CNTE e Cnesf também apresentaram propostas.

No dia 23, ocorre nova reunião da Mesa de Seguridade Social. Os servidores exigem a presença do ministro Berzoini.

BRASILIA, (AFP) - El presidente Luiz Inacio Lula da Silva enfrentó ayer la primera gran protesta desde el inicio de su gobierno, en la capital brasileña, donde unos 20 mil funcionarios públicos se manifestaron contra el proyecto de reforma del sistema de pensiones.
En un mar de pancartas y banderines con mensajes dirigidos a Lula, por quien votó la gran mayoría de los manifestantes, unos 20 mil funcionarios públicos llegados en autobuses de todo el país (según datos de la secretaría de Seguridad) protestaron contra el proyecto. “Somos los trabajadores, llegados desde el sur hasta el Amazonas, que estamos ocupando Brasilia para decirle al presidente Lula que no queremos esa reforma que termina con nuestros derechos”, proclamaban por altavoces.
Y también: “un, dos, tres, cuatro, cinco, mil, o paran la reforma o paramos el país”, coreaban los manifestantes mientras recorrían la Explanada de los Ministerios, la principal avenida de edificios públicos del país, en la que no se veía a tanta gente concentrada desde la ceremonia de investidura de Lula, el pasado primero de enero.
Esa reforma se ha convertido en el principal objeto de controversia en el Partido de los Trabajadores (PT) de Lula (ya que los diputados del ala radical de izquierda se oponen al proyecto y amenazan votar en contra), y en su aliada Central Única de los Trabajadores (CUT), fundada por el propio Lula hace 20 años, cuyos sindicatos convocaron la manifestación. Algunos de esos parlamentarios radicales participaron de la protesta, en claro desafío al liderazgo del partido, como la senadora Heloisa Helena, quien amenazada de expulsión del PT fue aclamada como una heroína.
“Esta es una reforma que sólo sirve a los `gigolos` del FMI, las grandes corporaciones y los grandes banqueros. La única forma de que Lula no pierda los lazos con el movimiento sindical es que mantengamos nuestra lucha”, aseguró.
“Es absurdo que Lula defienda esa reforma que es contraria a lo que siempre pregonó”, deploró la profesora Neite Silva Sarausa, llegada del interior de Sao Paulo.
Como muchos de los manifestantes, esta profesora votó por Lula, el primer presidente de izquierda de Brasil, que cuenta con 70% de popularidad y que fue sindicalista y fundador del PT y de la CUT. Los manifestantes se dirigieron al ministerio de la Seguridad Social para entregar sus demandas (contra el cobro de contribuciones a los jubilados y reducción de las pensiones públicas). Los ministros de la Seguridad Social, Ricardo Berzoini; de la Casa Civil (política), José Dirceu; y de Planeación, Guido Mantega, que recibieron a una comisión de la CUT, notificaron que el gobierno no modificará la propuesta, según informaron los sindicalistas. “Desde el punto de vista concreto no hay ninguna posición de gobierno”, declaró a la privada agencia informativa Estado el presidente de la CUT, Luiz Marinho, quien anunció que “por eso, nosotros seguiremos presionando”.
Por su parte, el representante del sindicato de la Coordinadora Nacional de las Entidades de los Servidores Federales, José Domingues Godoi, dijo a Estado que la ejecutiva nacional de la Coordinadora se reunirá el sábado próximo para discutir la posibilidad de una huelga. Indicó que la parálisis de los 850 mil empleados públicos podría decidirse para la segunda quincena de julio.