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Guaranis trocam experiências e discutem problemas comuns em Assembléia
Por voluntári@s do CMI-Goiânia 05/02/2006 às 20:03
Indymedia Brasil
Assembléia Guarani acontece durante encontro de movimentos sociais que lembra a morte do líder Guarani Sepé Tiaraju, morto em 1756 pelos impérios de Portugal e Espanha.
A Nemboaty Guassu Guarani(Assembléia Continental Guarani) teve inicio ontem, dia 4, durante as comemorações dos 250 anos da morte do líder Guarani Sepé Tiaraju, na cidade de São Gabriel no Rio Grande do Sul. A assembléia conta com a participação de cerca de 950 Guaranis Mbay, Nhandeva e Kaiowá de Brasil, Paraguai e Argentina.
Pela manhã rezas e apresentações musicais deram o tom, num momento de emoção e diversão. Após o almoço as delegações de diversos estados brasileiros e de Paraguai e Argentina se apresentaram e contaram suas experiências. Relatos de realidades semelhantes, marcadas pelo sofrimento diante do desrespeito aos direitos dos povos Guaranis. Fazendeiros, madeireiros, hidroeletricas, governos, são inimigos comuns a todos eles. Com suas terras roubadas e invadidas, com a conivência do Estados nacionais que conclamam em suas constituições os direitos indigenas, os Guaranis são povos acuados, mas que não desistem.
Essa persistência em lutar pode ser sentida em todas as falas e a indentificação dos que ouviam era imediata, manifestada em gritos e aplausos. “O índio unido nunca será vencido” gritava Antonio Portillo do Paraguai, aclamado pelos que ouviam. As lideranças ressaltaram a importância de o indio conhecer e lutar por seus direitos, estreitando os laços entre as comunidades Guarani e demais indigenas da América do Sul.
Na manhã de hoje, dia 5, a assembléia se dividiu em grupos de trabalho que discutiram os principais problemas enfrentandos pelos Guaranis, principalmente a questão da terra, pivô de diversos outros problemas, como a fome e a desnutrição, as mortes em conflitos com fazendeiros, e o deterioramento do modo de ser Guarani
