Quilombolas paralizan actividades de Celulosa Aracruz en Espíritu Santo

10.Abr.07    Análisis y Noticias

Los descendientes de los esclavos negros son dueños, por derecho, del antiguo territorio de Sapê do Norte, formado por gran parte de los municipios de Conceição da Barra e São Mateus.

Y gran parte de esas tierras fue tomada, a la fuerza o por proceso de seducción con falsas promesas de buena vida en la ciudad, por la celulosa Aracruz Celulose, empresa que se instaló con favores de los gobiernos de la dictadura militar, y mantenida hasta hoy por todos los gobiernos.

Os descendentes dos escravos negros são donos, por direito, do antigo território de Sapê do Norte, formado por grande parte dos municípios de Conceição da Barra e São Mateus.

E grande parte destas terras foi tomada, à força ou por processo de sedução com falsas promessas de vida boa na cidade, pela Aracruz Celulose, empresa que se instalou com favores dos governos da ditadura militar, e mantidos até hoje por todos os governos

Para conocer más acerca de la lucha de las comunidades negras en Brasil, vaya a http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2007/abril/09/index.asp Al final abajo de ese medio encontrará un banner que dice Aracruz X Quilombolas.

Quilombolas paralisam atividades da Aracruz Celulose no ES

No último dia 20/03, 450 negras e negros de diversas comunidades
quilombolas do território Sapê do Norte no Espírito Santo ocuparam uma
área em São Domingos de Itauninhas, no município de São Mateus,
paralisando todas as atividades de corte e transporte de madeiras de
eucaliptos da Aracruz Celulose, por 4 dias e 3 noites, em mais 547
hectares. Segundo informações da própria empresa, ficaram paralisadas: 31
máquinas harvesters, 15 orwarders e 35 carretas, deixando de produzir e de
ser transportados cinco mil m³ de madeiras por dia.

Carros da polícia militar chamada pela empresa estiveram no local no
segundo dia e diante da grande multidão de quilombolas não reagiu e foi
embora.

Segundo lideranças quilombolas, a manifestação, que pegou a empresa de
surpresa, é uma resposta das famílias quilombolas à atitude da empresa que
descumpriu o pacto estabelecido com Prefeituras, Ministério Público
Federal, Fundação Cultural Palmares e associações dos quilombolas, de
acesso dos quilombolas ao facho - resíduos de eucaliptos com menos de sete
centímetros de espessura. Utilizando-se de equipamentos modernos que
trituram totalmente o facho a Aracruz, com justificativas de melhoramentos
tecnológicos em benefício de seus negócios, sustenta os fabricantes destas
máquinas européias enquanto atrofia o sustento dos quilombolas.

Hoje, é difícil mensurar a dimensão do estrago e da dívida social,
ambiental, cultural e econômica da Aracruz Celulose com comunidades
quilombolas do Sapê do Norte, que invadiu expulsando milhares de famílias
de seus territórios, destruindo o seu modo de vida; destruiu milhares de
hectares de mata atlântica; secou dezenas de rios e contaminou dezenas de
outros rios com grandes quantidades de agrotóxicos aspergidos diariamente
sobre a grande monocultura do eucalipto e, ainda, mantém uma milícia
armada vigiando as famílias 24 horas por dia.

Hoje, das cerca de 1.500 famílias quilombolas (32 comunidades) que
permanecem resistindo em pequenos fragmentos de terra em meio às grandes
monoculturas, sobretudo, do eucalipto, mais de 1000 quilombolas lutam pelo
acesso do facho, porque a renda através da produção de carvão se tornou
sua única fonte para sobrevivência.

Mas, o objetivo maior da luta destas comunidades está voltado para a
reconquista de seu território, cujos direitos foi perdido para a Aracruz
Celulose, principalmente por manobras políticas realizadas pelos próprios
governantes.

No final da tarde do dia 23/03, o movimento liberou a área de campo e
acampou em frente à sede do centro operacional da empresa, próximo a BR
101 norte, no municio de Conceição da Barra, impedindo a entrada e saída
das carretas e dos funcionários.

Pouco depois chegou um oficial de justiça com um mandado de re-integração
de posse da área de campo. Os quilombolas não receberam o mandado porque a
re-integração se referia à área que já havia sido desocupada. Às 15 hs
encerraram o movimento após o encaminhamento da realização de uma
assembléia para o dia seguinte, sem nenhuma solução satisfatória ainda.

24.03.2007
Assinado: Rede Alerta Contra o Deserto Verde

ps: Desde a última sexta, centenas de ha de eucaliptos pegam fogo no
norte do ES. Quilombolas dizem que é estratégia da transnacional para
incriminá-los.


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