Última hora Brasil: 100 mil en Belo Horizonte chocan con la policía. Manifestaciones en otras ciudades

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23/06/2013 - 16h45
Confronto em Belo Horizonte deixou 37 feridos e 32 presos
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

Os confrontos entre a Polícia Militar e manifestantes neste sábado em Belo Horizonte resultaram em 37 pessoas feridas, sendo dez policiais.

Outras 32 pessoas foram presas por atacar a polícia e por atos de vandalismo durante os conflitos que transformaram o entorno do estádio Mineirão em uma praça de guerra.

Houve depredação nos cerca de nove km do trecho da avenida Antonio Carlos, que vai da região da Pampulha, perto do estádio, até o bairro da Lagoinha, quase no centro da cidade.

Ao menos seis concessionárias, três agências bancárias e equipamentos públicos foram destruídos. Quase todos os radares de trânsito ao longo da via foram destruídos, bem como parte dos canteiros da obra do BRT (transporte rápido por ônibus).

Protesto em Belo Horizonte

Policiais da Força Nacional atiram bombas de gás lacrimogêneo durante protesto do lado de fora do Mineirão, em Belo Horizonte
O confronto começou por volta das 16h, no momento em que começava no Mineirão o jogo entre Japão e México pela Copa das Confederações e se estendeu até aproximadamente 21h.

A violência teve início depois que uma parte das cerca de 66 mil pessoas que marchavam em uma manifestação tentaram passar pelo bloqueio policial que isolava o Mineirão.

Depois de a PM dispensar a multidão com gás e tiros de borracha, muitos voltaram para o centro, onde atos de vandalismo se repetiram e a PM novamente fez a dispersão. Foi depois desse segundo episódio que ocorreu a maioria das prisões.

O comandante geral da PM, coronel Marcio Sant’Ana, lamentou o ato dos “infiltrados de má índole”, provocando, segundo ele, uma “injusta” agressão aos policiais. Entre os objetos atirados contra os policiais estavam bola de sinuca, chumbada de pesca e atiradeiras.

Foram usadas ainda contra os policiais bombas artesanais atreladas a garrafas de vidro, o que aumenta o risco de ferimentos.

O comandante elogiou a “extrema disciplina tática” da PM, que só reagiu após ser agredida por muito tempo. Foi nessa reação que muitos manifestantes se feriram, quando tentavam correr das bombas de gás e das balas de borracha.

Três manifestantes caíram do viaduto de acesso a Mineirão. Esses são os casos mais graves entre os feridos. Mas nenhum corre risco de morrer no momento.
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Movimento Periferia Ativa marca para a terça-feira (25) um novo ato em SP

O Movimento Periferia Ativa convocou por meio do Facebook manifestantes um novo protesto em São Paulo, que deve ter como ponto de partida a estação de metrô Capão Redondo (linha 5-lilás) e o Largo do Campo Limpo, na zona sul da cidade, e acontecerá a partir das 7h de terça-feira.

O mote do protesto é a tarifa zero para o transporte público, além da desmilitarização da polícia e mais verbas para a saúde e a educação, conforme comunicado divulgado pelo coletivo.

O ato, apesar de não ser convocado pelo Movimento Passe Livre, é apoio pelo grupo que liderou os últimos protestos em São Paulo.

Dois em cada três paulistanos acham que manifestações devem continuar

“Se antes diziam que baixar a passagem era impossível, a luta do povo provou que não é. Já derrubamos os 20 centavos. Podemos conquistar muito mais. O transporte só vai ser público de verdade quando não tivermos que pagar nenhuma tarifa para usá-lo”, escreveu a organização.

Uma hora depois de criado, o convite virtual para a passeata tinha cerca de 1.000 presenças confirmadas.

Outras organizações responsáveis pelo protesto são o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o Periferia Ativa.

O MPL havia afirmado que deixaria de organizar protestos na última sexta (21) por conta da “infiltração de grupos conservadores” nos atos, mas voltou atrás um dia depois.

A redução da passagem de ônibus e metrô, anunciada na quarta-feira passada (19), foi encarada como uma grande vitória dos manifestantes, que prosseguiram com atos de pautas variadas –como contra Marco Feliciano e contra a PEC 37– na quinta e no sábado.

Na tarde deste domingo, o MPL fará reuniões abertas em três pontos da capital paulista.